A organização, que celebra 25 anos, está atualmente a definir as necessidades para os próximos cinco anos, adiantou o antigo primeiro-ministro e presidente da Comissão Europeia, que foi orador da sessão de alto nível no primeiro de três dias de Seminário Diplomático.
“Precisamos de nove mil milhões de dólares [8,6 mil milhões de euros]. Já temos cerca de três mil milhões [cerca de 2,9 mil milhões de euros]”, afirmou Durão Barroso, salientando a necessidade de alargar a base de doadores, essencialmente os países do G7 (economias mais industrializadas), a Comissão Europeia e a Noruega.
Países como a Indonésia, o Qatar, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e a Coreia do Sul também já contribuíram ou comprometeram-se a apoiar a organização, acrescentou.
Esta verba, explicou, permitirá à Aliança Mundial de Vacinas e Imunização (GAVI) “conseguir vacinar as crianças dos países em desenvolvimento”.
“Não há nada mais importante do que salvar a vida de uma criança”, sublinhou Durão Barroso.
O presidente da GAVI expressou a sua gratidão ao presidente do Conselho Europeu, o antigo primeiro-ministro português António Costa, e à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, por aceitarem organizar em Bruxelas, no próximo dia 19 de março, um evento de alto nível para o reabastecimento da GAVI.
A GAVI é uma coligação de organizações, criada para contrariar as disparidades e a estagnação dos índices mundiais de vacinação.
Foi fundada em 2000 com uma doação do empresário norte-americano Bill Gates, numa altura em que a maioria das crianças nos países menos desenvolvidos não recebiam as seis vacinas consideradas indispensáveis. Desde então, a Fundação Gates já doou 6,1 mil milhões de dólares (5,7 mil milhões de euros) com o objetivo de melhorar o fornecimento de vacinas de alta qualidade.
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