A Advocacia-Geral da União (AGU) analisa a possibilidade de tomar medidas em relação ao Google por exibir o valor da cotação do dólar possivelmente acima do preço real, indicando “supostas inconsistências” nas informações. Nesta quarta-feira (25), o buscador exibiu o dólar a R$ 6,38, o que representa R$ 0,20 a mais do que o último fechamento oficial.
Não é a primeira vez que isso acontece. Em 6 de novembro, o Google indicava o dólar a R$ 6,19, quando o valor cotado para o mesmo momento era na realidade de R$ 5,71.
“A atuação da Advocacia-Geral da União tem como objetivo combater a desinformação de dados econômicos de grande relevância para a sociedade brasileira”, disse o advogado-geral da União, Jorge Messias, na nota publicada pelo órgão. “Recentemente, informações de fontes desconhecidas sobre a cotação real do dólar foram novamente veiculadas na plataforma Google”, afirmou.
A AGU pediu ao Banco Central (Bacen) informações sobre a cotação do dólar no feriado de Natal e esclarecimento sobre os valores exibidos pelo Google. “De fato, causa estranheza que, em pleno feriado de 25/12, data sem Ptax (taxa de câmbio calculada pelo Banco Central), ocorra uma disparidade de informações relacionadas à cotação da referida moeda”, diz o documento da AGU encaminhado ao Banco Central.
Em nota, o Google informou que os valores em questão não estão sendo mais exibidos e que os preços são provenientes de empresas terceirizadas de dados financeiros. “Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações. Mais informações sobre nossas fontes de dados podem ser encontradas aqui”, disse.
A empresa disse ainda que “o recurso ‘câmbio de moeda’ é baseado em dados de terceiros e, em caso de imprecisões, removem as informações da busca e trabalham com o provedor dos dados para ajustá-las o mais breve possível.”
Edição: Geisa Marques