77% da Câmara aprovam Lira; Pacheco tem 45% no Senado


Levantamento do Ranking dos Políticos mostra que só 6,5% dos deputados consideram Lira “ruim ou péssimo”. No caso de Pacheco, são 27%

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é considerado ótimo ou bom para 76,9% dos deputados, mostra levantamento produzido pelo Ranking dos Políticos. O deputado alagoano é considerado regular por 16,6% dos entrevistados e 6,5% disseram que sua atuação na Casa Baixa é ruim ou péssima. 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), enfrenta uma realidade distinta. É considerado ótimo ou bom por 45,4% dos senadores. Outros 27,3% o consideram regular e 27,3% dizem que a atuação dele é ruim ou péssima. 

Foram feitas entrevistas com 22 senadores e 108 deputados federais de 21 partidos, seguindo o critério da proporcionalidade partidária. A coleta de dados foi realizada de 18 a 22 de novembro de 2024 em entrevistas pessoais ou por telefone pelos profissionais do grupo. Leia a íntegra da pesquisa (PDF – 1 mB).

Sucessão

Ambos os candidatos apoiados por Lira e Pacheco para as suas respectivas sucessões têm ampla maioria na intenção de votos dos congressistas entrevistados. 

No caso de Hugo Motta (Republicanos-PB), questionados em quem votariam se a eleição fosse realizada no momento da pesquisa, 71,3% disseram que votariam nele. No caso de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), foram 77,3%.

 

Para o diretor de operações do Ranking dos Políticos, Luan Sperandio, Lira se destaca como fiador do nome de Motta, enquanto Pacheco influi menos na sua própria sucessão.

A popularidade de Lira, com rejeição baixíssima, fortalece seu candidato, que acaba por lhe dever a indicação à disputa. No Senado, é diferente. Alcolumbre, com candidatura consolidada, é antes um candidato de si mesmo que de Pacheco, com aprovação de menos da metade dos senadores e com 27% de ruim e péssimo”, disse ao Poder360.

Jornada 6×1

PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que propõe acabar com a jornada de trabalho 6 X 1, ou seja, 6 dias de trabalho para 1 de descanso, não deve avançar com facilidade na Câmara dos Deputados, mostra outra parte do levantamento elaborado pelo Ranking dos Políticos. Eis a íntegra (PDF – 1 mB).

Para 52,8% dos deputados consultados, o tema não vai avançar neste momento. Outros 18,5% dizem que vai avançar com facilidade e 25,9% preveem dificuldade, mas antevêem avanço.

Atualmente, a Constituição Federal define uma jornada de 8 horas diárias, com carga semanal total de 44 horas. Um projeto da deputada Erika Hilton (Psol-SP) pretende reduzir para 36 horas semanais, com a manutenção da carga horária diária de 8 horas. O texto mantém o trecho que permite a “compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.

Para 64,9% dos deputados, a medida terá impacto negativo na economia. São 34,3% os que dizem que vai prejudicar muito a economia e outros 30,6% dizem que vai trazer algum dano. Outros 33,3% dizem que não será ruim para a economia.





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