Agente da PF recebia mesada de R$ 6 mil para manter grupo informado


Um dos presos pela Polícia Federal nesta segunda-feira (23) é o agente da PF, Rogério Magno Almeida Medeiros, que atua em Salvador.

Segundo investigadores, ele recebia, mensalmente, uma quantia em dinheiro para manter o grupo de Marcos Moura, o “Rei do Lixo”, informado sobre investigações.

A PF diz que “causou bastante estranheza o fato de [ele] manter contato frequente, por meio de mensagens e de ligações via telefone móvel, com o investigado ALEX REZENDE PARENTE. Além do contato frequente, a transcrição das mensagens trocadas entre os dois evidencia intimidade no trato, vez que um se dirige ao outro como ‘irmão’ ou ‘amigo””.

“Nessas mensagens, marca encontros com ALEX REZENDE PARENTE, se coloca à disposição do ‘amigo’ e solicita, inclusive, a realização, em sua residência, de serviços de dedetização, que são autorizados como ‘cortesia’ por ALEX REZENDE PARENTE”, aponta a PF.

Nas planilhas informais de contabilidade da organização criminosa, a PF descobriu o lançamento de pagamentos contínuos e mensais, da importância de R$ 6.000,00, que se vinculam à sigla “MAG”, consistente nas três letras iniciais do nome Magno.

Em uma das mensagens enviadas pelo policial ao empresário, ele questiona o “amigo” se há previsão para o “café” dele e, em outras situações, admite que o encontro entre os dois, caso Alex Parente não o possa, seja realizado com o irmão, Fábio Parente, também investigado na mesma operação.

O policial é lotado na Delegacia do Aeroporto de Salvador. Para a PF, ele ajuda o grupo também a embarcar com grandes quantias em espécie. Na primeira fase da operação Overclean, R$ 1,5 milhão foi apreendido em um jatinho.

A CNN busca contato da defesa do agente. A PF não se pronunciou sobre a prisão do mesmo até o momento.



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