Retrospectiva 2024: 10 álbuns que resumem a música nacional em 2024


A música brasileira não pode reclamar dos frutos colhidos em 2024. A efervescência cultural fez render grandes álbuns nas mais diferentes vertentes: rap, samba, MPB, funk e trap, com direito a muitas misturas de gênero.

Esse foi o ano em que Liniker conquistou o Brasil com “Caju”, Anitta levou o funk para o mundo em três idiomas diferentes com o “Funk Generation” e Jota.Pê faturou tudo o que disputou no Prêmio Multishow com o álbum “Se o Meu Peito Fosse o Mundo”. Também teve espaço para ineditismos, como “Os Garotin de São Gonçalo” e a chegada definitiva de Gloria Groove no mundo do pagode com o “Serenata da GG”.

Ana Castela, que se consolidou como um dos principais nomes do sertanejo, também explodiu de vez com o lançamento de “Boiadeira Internacional”, seu primeiro projeto audiovisual.

Confira abaixo uma lista de dez álbuns dos melhores álbuns nacionais lançados em 2024:

“Caju” — Liniker

Segundo álbum da carreira da cantora, “Caju” recebeu os troféus de Álbum do Ano e Capa do Ano no Prêmio Multishow e lotou casas de show pelo Brasil em uma turnê muito concorrida. Misturando samba e MPB, Liniker trouxe hits como “Caju”, “Tudo”, “Veludo Marrom” e “Febre”.

“Boiadeira Internacional (Ao Vivo)” — Ana Castela

O ano teve ainda o lançamento do primeiro projeto audiovisual de Ana Castela, que trouxe hits como “Solteiro Forçado” e “Fronteira” (com Gustavo Mioto) e rendeu para a sul mato-grossense o prêmio de Melhor Álbum de Música Sertaneja no Grammy Latino deste ano.

“Funk Generation” — Anitta

Ostentando o domínio de três línguas, Anitta levou o funk para o mundo e recheou o “Funk Generation” com hits do naipe de “Joga Pra Lua” (com Dennis DJ e Pedro Sampaio) e “Funk Rave”. Ela também trouxe militância contra a intolerância religiosa com “Aceita”, cujo clipe mostra sua ligação com o candomblé, e o tão esperado feat com Sam Smith em “Ahí”.

“Novela” — Céu

Rompendo um hiato de três anos sem álbuns novos, Céu se uniu ao produtor e músico pernambucano Pupillo (ex-baterista da Nação Zumbi) e ao estadunidense Adrian Younge para lançar “Novela”, álbum gravado nos Estados Unidos. Trocando completamente a vibe, a cantora deixou o drama de lado e entregou um disco leve e fluido.

“Se o Meu Peito Fosse o Mundo” — Jota.Pê

2024 foi o ano de Jota.Pê, que saiu do Grammy Latino com todos os prêmios que disputou: Melhor Canção em Língua Portuguesa (“Ouro Marrom”), Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro Portuguesa Brasileira (“Se o Meu Peito Fosse o Mundo”) e Melhor Álbum de Engenharia de Gravação (“Se o Meu Peito Fosse o Mundo”).

O sucesso de crítica foi alcançado com o segundo álbum de sua carreira solo, que traz uma brasilidade contemporânea potencializada pelo trabalho de três produtores consagrados: Felipe Vassão, Rodrigo Lemos e Marcus Preto.

“333” — Matuê

Foi do cearense Matuê o principal lançamento do trap brasileiro em 2024. “333” traz uma odisseia sobre o cantor e apresenta com firmeza as raízes da realidade que ele enfrentou enquanto crescia em Fortaleza. Durante o período do Rock in Rio, foi dele a música mais ouvida do Spotify no Brasil: “Crack com Mussilon”. O disco traz ainda outros momentos de brilho, como a colaboração com Veigh em “Imagina esse Cenário” e “V de Vilão”.

“Os Garotin De São Gonçalo” — Os Garotin

Anchietx, Cupertino e Leo Guima formam o trio Os Garotin, que estourou esse ano com o álbum “Os Garotin de São Gonçalo”. Além de uma participação no Rock in Rio, eles também conquistaram três indicações ao Grammy Latino e saíram de lá com o prêmio de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa, superando Iza, Jão, Melly e Luísa Sonza.

Juntos há um ano, Os Garotin apostam em um mix de diferentes ritmos, entre brasileiros e estrangeiros, para compor sua música.

“Serenata da GG” — Gloria Groove

Em 2024, Gloria Groove ampliou ainda mais seu repertório e lançou as duas partes do “Serenata da GG”, seu projeto de pagode. Recebendo convidados do quilate de Alcione e Thiaguinho, ela contou que buscou rememorar as influências que ela recebeu desde cedo para construir o álbum.

“Nosso Primeiro Beijo”, primeiro single do projeto, foi escolhida como Samba/Pagode do Ano no Prêmio Multishow deste ano, desbancado canções de nomes consolidados no gênero, como Ludmilla, Ferrugem, Sorriso Maroto e o próprio Thiaguinho.

“Taurus Vol. 2” — Duquesa

Baiana da cidade de Feira de Santana, Duquesa é uma cantora de rap e R&B de 24 anos que tem contrato com a Boogie Naipe, gravadora do rapper Mano Brown. Nos últimos dois anos, ela estourou com os álbuns “Taurus” e “Taurus, vol. 2”, que lhe rendeu uma indicação ao troféu de Música Urbana do Ano no Prêmio Multishow.com o single “Purple Rain” (com Yunk Vino e Go Dassisti).

“Oproprio” — Yago Oproprio

Após estourar com “Imprevisto” em 2022, Yago Oproprio trouxe o EP “O Inquilino” em 2023 e o álbum “Oproprio” neste ano.

Além do disco lançado pela Som Livre, o novo nome da cena do rap paulistano também apresentou um filme de 10 minutos que serve como clipe para três diferentes músicas. Ele concorreu aos prêmios de Revelação do Ano, Clipe TVZ do Ano (“La Noche”), Capa do Ano (“Oproprio”) e Música Urbana do Ano (“La Noche”) no Prêmio Multishow.

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