Novo acordo busca uma economia de 15 bilhões de euros anualmente, segundo a montadora
Depois de um acordo entre a Volkswagen e sindicados na 6ª feira (20.dez.2024), com o propósito de evitar greves, ficou definido o corte de mais de 35.000 empregos futuros e reduções de capacidade nas operações da montadora na Alemanha.
Foram mais de 70 horas de negociações, as mais longas na história da Volkswagen, o acordo foi visto como um “milagre de natal”, segundo a CNN, por ter sido definido que não haveria fechamentos imediatos de unidades, cortes salariais ou demissões.
Desde setembro deste ano a montadora está negociando com representantes de sindicatos sobre medidas que, de acordo com a Volkswagen, são indispensáveis para competir com os rivais chineses, que oferecem carros mais baratos, assim como a adoção lenta de veículos elétricos e fraca demanda na Europa.
Duas greves com cerca de 100 mil trabalhadores foram realizadas recentemente contra possíveis cortes de salário, fechamento de fábricas alemãs e redução de capacidade. Oliver Blume, CEO do grupo, afirmou que “após longas e intensas negociações, o acordo é um sinal importante para a viabilidade futura da marca Volkswagen”.
A montadora divulgou que segue buscando alternativas para a sua fábrica de Dresden e realocando a de Osnabrueck. A Volkswagen explicou ainda que uma parcela da produção será transferida para o México. O corte de 35.000 postos de trabalho devem ocorrer até 2030. Segundo a montadora disse que o acordo tenta alcançar uma economia de 15 bilhões de euros anualmente. Também está previsto o corte de capacidade de produção de 100 mil veículos, segundo Thomas Schaefer, presidente-executivo da empresa.