Famílias palestino-americanas processam governo dos EUA por falta de resgate na Faixa de Gaza


Nove pessoas foram à Justiça alegando que o país deixou de recuperar familiares na região desde o início da guerra, enquanto priorizou a evacuação de cidadãos de outras origens na mesma situação

EFE/EPA/MOHAMMED SABREOperação militar israelense no campo de refugiados de Al Nusairat
Al Nusairat (—), 08/06/2024.- Palestinos deslocados internamente em movimento após uma operação militar israelense no campo de refugiados de Al Nusairat, no centro da Faixa de Gaza, em 8 de junho de 2024. Mais de 36.000 palestinos e mais de 1.400 israelenses foram mortos, de acordo com o Ministério da Saúde palestino e as Forças de Defesa de Israel (IDF), desde que militantes do Hamas lançaram um ataque contra Israel a partir da Faixa de Gaza em 7 de outubro de 2023, e as operações israelenses em Gaza e na Cisjordânia que se seguiram.

Na última quinta-feira (19), cidadãos americanos de origem palestina tomaram uma medida drástica ao entrar com uma ação judicial contra o governo dos Estados Unidos. Eles alegam que o país falhou em resgatar seus familiares na Faixa de Gaza desde o início do conflito na região. Esta ação judicial é a segunda contra a participação americana no conflito apenas nesta semana, destacando a crescente insatisfação com a resposta do governo. O processo ocorre em um momento crítico para a administração Biden, acusando-a de não realizar esforços adequados para evacuar cidadãos americanos de origem palestina, enquanto prioriza a evacuação de outros cidadãos americanos de outras origens em situações semelhantes.

Os autores da ação afirmam que a administração Biden violou o direito de proteção igualitária garantido pela Constituição dos Estados Unidos. Eles comparam o tratamento dispensado aos palestinos americanos em Gaza com operações de evacuação bem-sucedidas realizadas anteriormente em outras zonas de conflito, como Afeganistão, Líbano e Sudão. Apesar de algumas evacuações terem sido realizadas pelo Departamento de Estado, os cidadãos alegam que essas operações foram limitadas e insuficientes, deixando muitos em condições perigosas.

A situação na Faixa de Gaza é alarmante, com a guerra já resultando em mais de 45.000 mortes, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, e deslocando quase toda a população de 2,3 milhões de habitantes. Essa crise humanitária crescente intensifica as acusações dos palestinos americanos presos na região, que acusam os Estados Unidos de não priorizar sua segurança. Eles argumentam que, apesar da responsabilidade de proteger todos os cidadãos americanos no exterior, o governo falhou em garantir sua segurança e bem-estar. A situação crítica em Gaza destaca a urgência de uma resposta mais eficaz e equitativa por parte do governo americano.

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No processo, são nomeados como réus o presidente Joe Biden, o secretário de Estado Anthony Blinken e o secretário de Defesa Lloyd Austin, que deverão responder na justiça por omissão. Esta ação judicial coloca uma pressão adicional sobre a administração Biden para justificar suas ações e políticas em relação à crise em Gaza. A resposta do governo a esta ação pode ter implicações significativas para sua política externa e para a percepção pública de seu compromisso com a proteção de todos os cidadãos americanos, independentemente de sua origem.

*Com informações de Eliseu Caetano

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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