Tropas israelenses mataram pelo menos 20 palestinos, a maioria deles no norte da Faixa de Gaza, em ataques neste domingo (15), disseram médicos e moradores. Os disparos atingiram uma escola que abrigava moradores do deslocados do território.
Médicos disseram que pelo menos 11 das vítimas foram mortas em três ataques aéreos separados de Israel em casas na Cidade de Gaza. Os outros foram mortos nas cidades de Beit Lahiya, Beit Hanoun e no campo de Jabalia.
Moradores afirmaram que grupos de casas foram bombardeados e alguns incendiados nas três cidades, no norte de Gaza. O exército de Israel está operando na região há mais de dois meses.
Em Beit Hanoun, Israel, as forças sitiaram famílias que se abrigavam na escola Khalil Aweida antes de invadi-la e ordenar que elas se dirigissem para a Cidade de Gaza, disseram médicos e moradores.
Médicos afirmaram que várias pessoas foram mortas e feridas durante o ataque à escola, enquanto o exército deteve muitos homens. O número de mortos não ficou imediatamente claro.
Não houve nenhum comentário imediato do exército israelense.
Palestinos acusam Israel de realizar limpeza étnica para despovoar as áreas na borda norte para criar uma zona tampão. Israel nega e diz que a campanha tem como alvo integrantes do Hamas e visa impedi-los de se reagruparem.
A guerra começou quando o grupo palestino Hamas invadiu Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas, a maioria civis, e levando mais de 250 reféns de volta para Gaza, de acordo com autoridades israelenses.
Israel então lançou uma ofensiva aérea, marítima e terrestre que matou quase 45 mil pessoas, a maioria civis, de acordo com autoridades na Faixa de Gaza controlada pelo Hamas, deslocou quase toda a população e deixou grande parte do enclave em ruínas.
Uma tentativa do Egito, Catar e Estados Unidos de chegar a uma trégua ganhou força nas últimas semanas, mas não houve notícias de nenhum avanço.