Por 267 votos contra apenas 85, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de combate à pedofilia que incluiu uma emenda prevendo a castração química de pessoas condenadas por abusos sexuais contra menores. A emenda mal foi discutida e havia sido rejeitada pela relatora, Delegada Katarina (PSD-SE). O projeto seguiu para o Senado.
A castração química era uma bandeira do então candidato Jair Bolsonaro, mas não progrediu ao longo do seu governo.
O resultado mostrou o poder de fogo da bancada da bala e a indolência da bancada governista em matérias que envolvem a segurança pública.
A incapacitação química de criminosos sem um amplo debate é coisa arriscada. Oliver Wendell Holmes, um dos maiores juristas da Corte Suprema dos Estados Unidos e baluarte da liberdade de expressão, defendeu em 1927 a esterilização dos incapazes, dizendo que “três gerações de imbecis são o suficiente”.
A fraude do cotista
O médico recém-formado Pedro Fellipe Pereira da Silva Rocha foi condenado pelo TRF-5 a pagar R$ 550 mil à Universidade Federal de Alagoas por ter fraudado o sistema de cotas, declarando-se pardo.
Fraudadores dessa bem-sucedida política social são coisa comum. O que tornou interessante o caso do doutor foi uma das afirmações de sua defesa: “Por fim, questiona-se: qual o dano que a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) efetivamente sofreu? Nenhum!”
O sujeito mentiu, conseguiu uma vaga na faculdade de forma fraudulenta, usa esse tipo de argumento e sairá por aí praticando a medicina.
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