Donald Trump escolheu o pai de seu genro Jared Kushner, Charles Kushner, para servir como o próximo embaixador dos Estados Unidos na França, anunciou o presidente eleito neste sábado (30).
Trump descreveu Charles Kushner como um líder empresarial, filantropo e negociador de grande sucesso, com profunda experiência no setor imobiliário.
“Estou feliz em nomear Charles Kushner, de Nova Jersey, para servir como embaixador dos EUA na França. Ele é um tremendo líder empresarial, filantropo e negociador, que será um forte defensor representando nosso país e seus interesses”, escreveu Trump em uma postagem no Truth Social.
O presidente eleito também destacou a conexão com Jared Kushner, que é casado com a filha de Trump, Ivanka. “Seu filho, Jared, trabalhou de perto comigo na Casa Branca, em particular na Operação Warp Speed, Reforma da Justiça Criminal e os Acordos de Abraham”, escreveu Trump em seu post.
Charles Kushner foi perdoado por Trump em 2020 após uma condenação em 2005 por acusações federais. Chris Christie, que liderou o caso como procurador dos EUA para Nova Jersey, disse em 2019 que Kushner cometeu “um dos crimes mais atrozes e repugnantes” que ele havia processado.
Kushner, que estava sob investigação na época por fazer contribuições ilegais de campanha, mirou seu cunhado, William Schulder, um ex-funcionário que se tornou testemunha para promotores federais em seu caso contra o doador democrata.
Como parte da trama, Kushner contratou uma prostituta para atrair Schulder para fazer sexo em um motel enquanto uma câmera escondida filmava. Uma fita do encontro foi então enviada para a irmã de Kushner e a esposa de Schulder. No final das contas, o golpe de intimidação falhou, e a mulher se voltou contra Kushner.
Kushner se declarou culpado em 2005 de 16 acusações de sonegação fiscal, uma acusação de retaliação contra uma testemunha federal e outra acusação de mentir para a Comissão Eleitoral Federal. Ele foi sentenciado a dois anos de prisão.
O anúncio de Trump acontece enquanto Jared Kushner disse que não planeja servir na segunda administração do presidente eleito. Kushner disse em um evento em Miami em fevereiro que ele tem sido “muito claro” em seu desejo de se concentrar em sua empresa de private equity “nesta fase” de sua vida.
Kushner, no entanto, é visto como essencial para os esforços do novo governo no Oriente Médio, embora seja improvável que ele assuma um cargo formal lá, disseram diplomatas regionais e aliados de Trump à CNN Internacional no início deste mês.
Desde que Trump deixou o cargo em 2021, Kushner e sua esposa, Ivanka Trump, se mudaram para Miami e largaram a política. Kushner fundou um fundo de investimento, Affinity Partners, logo após deixar Washington com grande apoio de fundos soberanos do Golfo.
Durante o primeiro mandato de Trump, as impressões digitais de Kushner estavam em muitos, se não em todos, os itens da agenda do governo, incluindo imigração, relações com a China, Oriente Médio e a resposta da Casa Branca ao coronavírus.