Rui Costa critica condutas e ações deliberadas de Roberto Campos Neto em meio ao anúncio do pacote de corte de gastos e alta histórica do dólar; petista também defende nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência do BC
Na última quinta-feira (29), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, responsabilizou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pelas instabilidades no mercado financeiro. Segundo ele, Campos Neto gera uma “sensação permanente de instabilidade” e frequentemente critica o Brasil. Costa expressou que está em “contagem regressiva” para a nomeação de Gabriel Galípolo como novo presidente do Banco Central,que assume o cargo ano que vem, enfatizando a necessidade de um líder que resida no país.
As declarações de Rui Costa surgiram após a alta do dólar, que ultrapassou a marca de R$ 6, coincidentemente após o anúncio de um pacote que inclui cortes de gastos e isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil mensais. “O que não pode, que nos causou indignação, todo esse questionamento de hoje [do mercado] foi deliberadamente, em nossa opinião, motivado e ‘startado’ pela atual direção do Banco Central, que, na minha opinião, numa visão política de boicote ao governo, ficou criando uma sensação permanente de instabilidade”, afirmou o ministro.
Para o ministro, é muito mais producente quando você tem pessoas cuidando do país que vai morar nele, e não pessoas que estão já morando em outro país e prejudicando o seu país de origem. “Nós estamos em contagem regressiva para ter, não um Banco Central que seja com olhar para o Executivo, mas sim um Banco Central que tenha um olhar para o Brasil, dirigido por quem mora no Brasil e não mora em Miami. Por quem tem sua filha, sua família, residindo no Brasil. Por quem tem esperança em seu futuro pessoal, profissional, vinculado ao Brasil e não ao exterior”, afirmou.
Ele também atribuiu a instabilidade do mercado ao fechamento das bolsas americanas em razão de um feriado, prevendo que a cotação do dólar deve se estabilizar assim que o mercado perceber o comprometimento do governo com o arcabouço fiscal. Rui Costa defendeu que a isenção do Imposto de Renda não teve um efeito negativo nas reações do mercado, lembrando que essa proposta já estava presente na campanha eleitoral do presidente Lula.
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Além disso, o ministro anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviará ao Senado a indicação de três novos diretores para o Banco Central, em substituição aos que terão seus mandatos encerrados no final de dezembro. Entre as nomeações, está a de Política Monetária, atualmente ocupada por Gabriel Galípolo, que deve assumir a presidência da instituição.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira