O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se na noite de quarta-feira (27) com a bancada de parlamentares e membros do diretório nacional do PT para apresentar as medidas de ajuste fiscal do governo Luiz Inácio Lula da Silva, prometidas desde meados de outubro e que seriam apresentadas pouco depois em rede nacional.
O ministro foi aplaudido de pé, segundo relatos de petistas presentes ao encontro na sede nacional do PT em Brasília. Haddad mostrou o vídeo que seria exibido em rede nacional e detalhou as medidas. O publicitário Sidônio Palmeira, responsável pela comunicação das medidas, também participou.
A “cereja do bolo”, afirmam petistas, foi quando o ministro disse que a ideia é tirar dos 100 mil para dar para os 100 milhões, em referência às medidas de taxação dos mais ricos e de mais tributação de Imposto de Renda para quem ganha acima de R$ 50 mil e de aumento da faixa de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês.
A avaliação de alguns dos petistas presentes ao encontro foi a de que as medidas de ajuste fiscal apareceram de maneira mais branda do que o esperado e que, por isso, os ruídos em relação ao projeto não devem ser significativos no partido.
Um dos exemplos foi a manutenção dos pisos de saúde e educação. A flexibilização vinha sendo discutida e criticada por petistas nos últimos meses, mas, segundo declarou a ministra Simone Tebet (Planejamento) nesta quinta-feira (28), as mudanças trariam “pouca economia”, então não foram incluídas entre as medidas de ajuste fiscal.
Entre as medidas anunciadas, estão: limitar o ganho real do salário mínimo; revisão da regra de concessão do abono salarial; regulamentação dos supersalários; aperto nas regras de acesso ao BPC (Benefício de Prestação Continuada); mudanças nas aposentadorias de militares; e limite do crescimento de emendas parlamentares às regras do arcabouço fiscal. Leia a íntegra do pacote aqui.
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