A proposta de cessar-fogo entre Hezbollah e Israel estipula que apenas “forças militares e de segurança oficiais” no Líbano estão autorizadas a portar armas no país, segundo uma cópia do acordo fechado na terça-feira (26) e vista pela Reuters nesta quarta-feira (27).
O documento se refere especificamente as forças como Forças Armadas Libanesas, Forças de Segurança Interna, Segurança Geral, Segurança do Estado, alfândega libanesa e polícia municipal.
Oficiais tanto do governo libanês quanto do Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, mencionaram às declarações do gabinete que desde 2008 consagra o direito à “resistência” como aprovação oficial para o arsenal do Hezbollah.
Enquanto a proposta de trégua se refere ao compromisso de ambos os lados em implementar totalmente a Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, incluindo disposições que fazem menção ao “desarmamento de todos os grupos armados no Líbano”.
O Hezbollah ainda não comentou formalmente sobre o cessar-fogo, mas o alto funcionário do grupo militante libanês Hassan Fadlallah disse ao canal de televisão Al Jadeed TV na terça-feira (26) que, embora o grupo apoiasse a extensão da autoridade do estado libanês, o Hezbollah sairia da guerra mais forte.
“Milhares se juntarão à resistência… Desarmar a resistência foi uma proposta israelense que fracassou”, disse Fadlallah, que também é membro do parlamento do Líbano.
Na última terça-feira (26), Israel e grupo libanês Hezbollah aprovaram o acordo de cessar-fogo elaborado pelos EUA. A proposta entrou em vigor às 23h, no horário de Brasília.