Técnico que discordou de conclusão de urnas relatou medo – 26/11/2024 – Painel


O técnico Eder Balbino, que participou da análise das urnas eletrônicas a pedido do PL, disse que teve medo de ter seu nome associado ao questionamento das máquinas e cogitou deixar o país.

Segundo relatório da Polícia Federal sobre a suposta tentativa de golpe patrocinada por Jair Bolsonaro (PL), ele deixou claro que discordava da conclusão de que parte das urnas não eram confiáveis.

“Estou inseguro se devo permanecer no Brasil esses dias ou sair. Minha esposa está sentindo bastante, assim como minhas quatro crianças”, desabafou, em mensagem enviada em 20 de novembro de 2022 ao engenheiro Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal.

Rocha foi contratado pelo PL para fazer o estudo. Ele, por sua vez subcontratou a empresa de Balbino, a Gaia, com sede em Uberlândia (MG), para catalogar as urnas em um banco de dados e analisar seus resultados.

O valor pago a Balbino, chamado pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto, de “gênio lá de Uberlândia”, foi de R$ 13 mil pelo trabalho.

A tese apresentada, com a qual Balbino não concordou, era de que máquinas feitas antes de 2020 eram menos confiáveis e mais suscetíveis a fraude.

Em 17 de novembro de 2022, ele deixou claro a seu sócio na empresa, Calebe Aires Camargo Garcia, que não partilhava das conclusões. “Talvez seja bom eles [PL e Instituto Voto] também saberem o que aconteceu, de não concordarmos com o relatório”, afirmou.

Dias depois, no entanto, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, deu uma entrevista coletiva ao lado de Rocha em que anunciou que estava questionando o relatório eleitoral com base no estudo das urnas.


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