CEO da rede de supermercados disse que não iria mais comprar carnes brasileiras porque produtos não atendem normas de qualidade da França
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera uma retratação pública do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, sobre as declarações feitas em relação à qualidade das carnes brasileiras, segundo apurou o Poder360.
Na 4ª feira (20.nov.2024), Bompard disse que não iria mais comprar proteínas do Brasil porque os produtos não atendem exigências e normas de qualidade exigidas pela França.
Mais cedo, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a embaixada francesa no Brasil fará a intermediação. Disse, porém, que não há uma data para que isso seja feito. Também não se sabe se a rede de supermercados retrocederá sobre a decisão.
“O embaixador francês se ofereceu, falando com o nosso secretário de relações internacionais, Luis Lua, para ser um intermediador de uma proposta para apaziguar este assunto. Estão intermediando com o grupo francês Carrefour uma fala de retratação por parte da companhia”, afirmou à TV Globo nesta 2ª feira (25.nov.2024).
Durante a entrevista, o ministro destacou que o atrito não se trata de um assunto governamental. Afirmou que o Brasil e a França “têm uma boa relação diplomática” e que o desconforto se deu por causa da decisão “desrespeitosa” do CEO do Carrefour.
CARREFOUR X MERCOSUL
A decisão de Bompard afeta exclusivamente a rede de mercados na França. Outros estabelecimentos da marca não vão parar de vender a carne sul-americana.
Em retaliação, frigoríficos como a Marfrig e a JBS, responsável por 80% do fornecimento de carnes do Carrefour Brasil, suspenderam o abastecimento para mercados da rede no Brasil. Masterboi e Minerva também aderiram ao boicote.