Pedro Uruchurtu, Coordenador Internacional do Comando de Campanha de María Corina Machado e Edmundo González, alertou que o fornecimento de energia foi interrompido na embaixada argentina em Caracas, onde está asilado.
“25 de novembro, 19h: Cortaram novamente o serviço de energia elétrica na residência oficial da Embaixada da Argentina em Caracas, protegida pelo Brasil, enquanto continua o cerco de agentes de segurança fora do complexo diplomático”, escreveu no X.
Na manhã desta segunda-feira (25), Urruchurtu informou que o cerco permanecia fora da Embaixada da Argentina em Caracas, que está sob tutela do Brasil.
Corina Machado convocou um protesto global no domingo (24), dizendo que o regime de Nicolás Maduro está “cada dia mais isolado e mais fraco” e sabe que “o tempo acabou”.
Ela acrescentou que o candidato presidencial da Plataforma Democrática Unitária (PUD), Edmundo González, deve tomar posse da Presidência da Venezuela, depois da contagem de atas apresentada pela Plataforma da oposição mostrarem que ele venceu a eleição do dia 28 de julho.
“No dia 1º de dezembro, nós, venezuelanos, vamos nos reunir dentro e fora do país, exigindo que o Tribunal Penal Internacional avance, como o resto do mundo avança, acompanhando os venezuelanos em nossa causa”, disse Corina Machado em vídeo transmitido em seu site nas redes sociais no domingo.
A CNN consultou o Ministério das Comunicações da Venezuela sobre o protesto anunciado por María Corina e aguarda resposta.
A líder da oposição reagiu ao cerco à Embaixada da Argentina em Caracas depois de um dos asilados, Omar González Moreno, ex-deputado e membro da Direção Nacional do partido Vente Venezuela, ter divulgado no sábado (23) um vídeo que mostra a Polícia Nacional Bolivariana cercando o sede diplomática. Seis membros da sua equipe de campanha estão escondidos lá desde antes das eleições.
“Quanto mais fracos são, mais isolados estão, com mais crueldade e desespero agem”, disse Machado sobre os motivos da intimidação, referindo-se ao regime.
A CNN entrou em contato com as autoridades venezuelanas e com a chancelaria argentina para saber se os agentes deixaram a sede diplomática ou se ainda estão lá.
O governo venezuelano rompeu relações diplomáticas com o governo argentino depois de este se ter recusado a reconhecer Maduro como vencedor das eleições sem que o Conselho Nacional Eleitoral apresentasse quaisquer resultados por estado ou centro de votação.
Não é a primeira vez que a sede diplomática é sitiada, já que em setembro os opositores venezuelanos denunciaram uma situação semelhante quando as forças de segurança venezuelanas cercaram as mesmas instalações.
A chancelaria da Argentina, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro; e a Embaixada dos EUA na Venezuela também condenaram os atos neste fim de semana.
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