Ex-presidente disse que “dentro das 4 linhas não tem pena de morte”; ele e 36 pessoas foram indiciadas pela PF
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter conhecimento de um suposto plano para matar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Alexandre de Moraes, no final de 2022. Porém, disse temer ser preso pela questão.
“Essa história de assassinato de autoridades, no meu entender, foi jogado […] não cola isso daí. No meu entender, nada foi iniciado, não podemos querer agora punir o crime de opinião, disse o ex-presidente a jornalistas ao chegar ao Aeroporto Internacional de Brasília. Ao ser questionado sobre se sabia do plano, respondeu: “Não, esquece. Dentro das 4 linhas não tem pena de morte”.
Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas pela PF (Polícia Federal) no inquérito do suposto golpe de Estado em 2022. O relatório final foi encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) a Moraes, ministro relator do caso. Deve ser enviado à PGR (Procuradoria Geral da República) nos próximos dias.
Bolsonaro disse que pode ser preso “a qualquer momento” e brincou: “Inclusive saindo daqui [do Aeroporto Internacional de Brasília]”.
O advogado do ex-presidente, Paulo Amador, disse esperar que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, tenha uma participação mais ativa e tenha uma posição “ponderada” quanto à apresentação da denúncia.