Financiamento será destinado para a substituição de tecnologias de mercúrio e diafragma na produção de cloro e soda
A Unipar captará R$ 672,9 milhões em financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para implementar projetos de eficiência energética e redução de emissões de CO₂ na Fábrica de Cubatão, em São Paulo.
A petroquímica destinará o valor levantado à substituição de tecnologias de mercúrio e diafragma na produção de cloro e soda. O montante corresponde a duas linhas de créditos:
- R$ 400 milhões do Fundo Clima;
- R$ 272,9 milhões do BNDES Finem Meio Ambiente.
A adoção de célula membrana tem como vantagem a produção de uma solução de soda cáustica mais pura e com menor consumo de energia, visto que demanda menor quantidade de vapor que a tecnologia diafragma.
Quando finalizadas as obras e trocas de equipamentos, com previsão para o final de 2025, a operação reduzirá seu consumo de energia em 18%, assim como baixará a emissão de CO₂/GEE (Gases de Efeito Estufa) em mais de 70 mil toneladas ao ano. Esta economia corresponde à demanda residencial de cerca de 340.000 pessoas.
A descontinuidade da tecnologia de mercúrio está diretamente relacionada ao atendimento à Convenção de Minamata, que limita o uso de mercúrio por problemas que o metal causa ao meio ambiente e à saúde.
“Com o enquadramento e aprovação deste financiamento, concluímos o plano de financiamento para o nosso projeto de modernização tecnológica de Cubatão, com acesso a linhas competitivas que melhoram o perfil de dívida da Companhia, unindo impactos positivos ambientais, alongamento de prazo e redução de custo. Assim alcançamos melhores condições para nossos planos de crescimento sustentável”, destaca Alexandre Jerussalmy, CFO da Unipar.
MELHORIA NA ESTRUTURA DE CAPITAL
Com o desembolso integral dos novos financiamentos, a estimativa é que o custo médio indicativo de financiamento da Unipar seja reduzido de CDI + 1,51% ao ano para CDI + 0,65% ao ano e o prazo médio da dívida da Unipar aumentará dos atuais 4,4 anos para cerca de 6,5 anos, quando as linhas estiverem desembolsadas.