O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deu o aval à trégua na guerra com o Hezbollah
O governo de Israel se reunirá na 3ª feira (26.nov.2024) para votar uma proposta de cessar-fogo no Líbano. Autoridades do gabinete do premiê Benjamin Netanyahu (Likud, direita) disseram à Reuters que a reunião deve formalizar o acordo.
O governo libanês já teria sido informado do anúncio. O vice-presidente do Parlamento, Elias Bou Saab, disse que “não havia mais obstáculos sérios” para as negociações.
Segundo a autoridade libanesa, a principal consequência do acordo seria a retirada de tropas israelenses do sul do Líbano e o envio de militares libaneses para a fronteira. As medidas teriam o prazo de 60 dias para serem tomadas.
Saab também afirmou que um comitê de 5 países, incluindo Estados Unidos e França, será criado para monitorar o cumprimento do acordo e a retirada das tropas.
Por parte de Israel não houve nenhum detalhe quanto ao tratado, apenas que o texto já foi discutido anteriormente e aprovado “em princípio” por Netanyahu.
A reação à proposta no governo israelense foi dividida. Políticos mais extremistas ligados a Netanyahu disseram que Israel deveria prosseguir com os ataques.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, disse em uma publicação no X (ex-Twitter) que a negociar com o Líbano é um “grande erro” e que Israel deve buscar a vitória na guerra. “Não é tarde demais para impedir este acordo”, disse se dirigindo ao premiê israelense.
Já o ministro da Agricultura, Avi Dichter admitiu a necessidade de um cessar-fogo na região.
Mesmo com o acordo em andamento, as forças israelenses continuaram atacando regiões com grande concentração civil no Líbano. No sábado (23.nov), um ataque a Beirute matou 11 pessoas e deixou 33 feridas.
O Hezbollah respondeu no domingo (24.nov). Na ofensiva, o grupo extremista disparou 340 mísseis em direção a Israel. Sem grandes danos.