Lee Jae-yong é acusado de usar fusão de empresas para benefício próprio; pena pode ser de até 5 anos
Promotores da Coreia do Sul entraram com recurso do pedido de prisão, nesta 2ª feira (25.nov.2024), do presidente executivo da Samsung Eletronics, Lee Jae-yong. Defendem uma pena de 5 anos para o executivo, que já havia sido inocentado por supostamente usar a fusão de duas empresas da multinacional de eletrônicos para solidificar seu controle na companhia. As informações são da agência Reuters.
Em fevereiro, Lee obteve um adiamento em sua batalha legal no Tribunal Distrital Central de Seul, que o absolveu das acusações de manipular os preços de ações e de fraude contábil, vinculadas a uma fusão de 2015 entre afiliadas da Samsung (Samsung C&T e Cheil Industries) que supostamente o ajudaram a garantir o controle da empresa. Agora, promotores querem que o caso seja revisto.
Em abril, Lee Jae-yong foi eleito a pessoa mais rica da Coreia do Sul pelo ranking da Forbes. Lee é a 3ª geração da Samsung Group, e se tornou o homem mais rico do país depois da morte de seu pai, Lee Kun-hee, ex-presidente do grupo. Kun-hee foi eleito a pessoa mais rica da Coreia em todos os anos desde 2005, com exceção de 2008, quando perdeu a posição para o herdeiro da Hyundai, Chung Mong-joon.
Desde que assumiu o controle da empresa, Lee tem enfrentado uma série de ações judiciais. Em 2021, chegou a cumprir prisão em liberdade condicional por 207 dias depois de uma acusação de suborno e peculato, em um caso que envolveu o então presidente da Coreia do Sul, Park Guen-hye. No ano seguinte, recebeu um perdão presidencial que limpou sua condenação.