Integrantes de alto nível do grupo extremista teriam deixado o Qatar e ido para Ancara; diplomata turco nega
Os Estados Unidos alertaram a Turquia sobre o eventual acolhimento de líderes do Hamas na 2ª feira (18.nov.2024). A jornalistas, o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller, disse que aliados e parceiros não devem abrigar integrantes do grupo extremista.
As declarações foram dadas depois que Miller foi questionado sobre os relatos de que chefes do Hamas deixaram o Qatar e foram para Ancara, capital turca. A movimentação teria se dado depois que o país árabe parou de mediar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
O porta-voz não confirmou os relatos. Também declarou que não estava em posição para contestar as alegações. Disse ainda que a Casa Branca deixará claro ao governo da Turquia que esse tipo de negócio com o Hamas está fora de cogitação.
Segundo Miller, alguns líderes do grupo extremista estão sob indiciamento dos EUA e, portanto, devem ser entregues ao país.
“Não acreditamos que os líderes de uma organização terrorista cruel devam viver confortavelmente em qualquer lugar, e isso certamente inclui uma grande cidade de um dos nossos principais aliados e parceiros”, disse.
Na 2ª feira (18.nov), um diplomata turco não identificado negou que o Hamas transferiu seu escritório político do Qatar para Ancara, segundo informações da Reuters. “Os integrantes da diretoria política do Hamas visitam a Turquia de tempos em tempos. As alegações de que a diretoria política do Hamas se mudou para a Turquia não refletem a verdade”, declarou.
Saída do Qatar das negociações
O Qatar anunciou em 9 de novembro que suspenderá sua tentativa de mediar um cessar-fogo em Gaza e um acordo de libertação de reféns. O país espera que tanto Israel quanto Hamas demonstrem disposição para de fato negociar. O que não ocorreu até então.
Doha vinha trabalhado junto aos EUA e ao Egito durante meses em negociações infrutíferas entre os lados em conflito. O país disse ao Hamas, a Israel e ao governo dos EUA que estaria disposto a retomar seu papel de negociador se as partes envolvidas colaborassem.