Grades de proteção não devem ser recolocadas em torno do Congresso Nacional após o atentado da semana passada.
Ao menos, essa não é a vontade no momento do presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
As grades haviam sido postas ao redor do Palácio do Congresso, na Esplanada dos Ministérios, após os ataques de 8 de janeiro de 2023 e foram retiradas em janeiro deste ano.
A avaliação é que o Brasil não tem um histórico de ataques frequentes e que o Congresso deve continuar a ser visto como um local que representa a população, inclusive para a apreciação dos turistas.
Restrições
Por outro lado, o Congresso estuda restringir o acesso do público em geral à chapelaria – principal entrada para a Câmara e o Senado.
Atualmente, o acesso à chapelaria, que fica debaixo da rampa do Congresso e embaixo de alguns dos mais importantes salões do Parlamento, é livre para carros e pedestres.
No local, há portarias em que os visitantes precisam se identificar e passar por detectores de metal. O espaço é um dos mais usados pelos parlamentares e assessores no dia a dia.
A ideia de se restringir o acesso não é de agora, mas voltou a ser discutida nos bastidores após o atentado na Câmara e em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes.
Posto de controle
O Congresso estuda colocar uma espécie de posto de controle antes da via de acesso à chapelaria para que apenas autoridades, assessores e servidores possam usar o espaço. Mesmo assim, mais estudos são necessários, como de logística e de impacto no trânsito na região e nos anexos, que passariam a receber mais os visitantes.
Nesta segunda-feira (18), representantes do Congresso se reuniram com o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, no Senado.
Na saída, Grass disse que os atuais estudos do Congresso para reforçar a segurança da Câmara e do Senado não impactam a preservação do tombamento do patrimônio público.
A intenção dos participantes é ainda formar um grupo junto ao Congresso e ao governo do Distrito Federal para outras ações complementares a médio prazo que podem incidir em algum tipo de estrutura ou de alteração de pista.