Indicado pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para presidir a Federal Communications Commission (FCC), órgão responsável pela regulação do setor de comunicações, Brendan Carr é um crítico das medidas que foram tomadas recentemente pelo Brasil para suspender o X.
Em setembro, ele enviou uma carta para o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, criticando o banimento, efetuado após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Atualmente um dos integrantes do FCC, Carr chegou a colocar em dúvida, na carta, a parceria entre o órgão americano e a agência brasileira, que têm funções equivalentes em seus respectivos países.
Ele classificou de “aparentemente ilegal e partidária” a ação da Anatel contra o X. Também criticou a ameaça de revogação das licenças da Starlink, empresa de satélites para internet de propriedade de Elon Musk, dono do X.
“Essas ações punitivas —apoiadas publicamente pela administração Lula — já estão reverberando amplamente e abalando a confiança na estabilidade e previsibilidade dos mercados regulados no Brasil. Líderes empresariais dos EUA estão abertamente questionando se o Brasil está no caminho de se tornar um mercado ‘ininvestível’”, diz a carta. Carr também se prontificou a vir ao Brasil conversar com Baigorri.
Musk terá cargo no governo Trump, onde será responsável por um órgão ligado à eficiência na administração.
Para aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, a nomeação de Carr ajudará a manter a pressão sobre o governo Lula e o STF contra medidas como a suspensão de perfis em redes sociais.
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