O robô antibombas usado pela Polícia Militar do Distrito Federal e pela Polícia Federal para desativar explosivos usados por Francisco Wanderley Luiz no atentado em Brasília opera com câmeras, controle remoto, braço manipulador e raio-X.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse que o equipamento salvou a vida de policiais que entraram no apartamento alugado pelo chaveiro na Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal.
Segundo ele, o robô entrou na residência e, ao abrir uma gaveta para fazer a busca, houve uma explosão gravíssima. Ele afirmou que, se policiais tivessem ingressado na residência antes do equipamento, não teriam sobrevivido.
O robô também foi utilizado pela PM ao vistoriar o corpo de Francisco, na praça dos Três Poderes. Segundo a polícia, conseguiu desativar uma das bombas que o chaveiro e ex-candidato a vereador pelo PL portava.
Outros dois artefatos, no entanto, estavam presos ao cinto de Francisco e só puderam ser neutralizados com a ajuda de um policial usando trajes antibombas.
O robô opera com um braço manipulador robótico, que usa para se aproximar do objeto suspeito, controlado por um controle remoto.
Depois disso, ele o encaminha para um equipamento de raio X, que verifica se o objeto é uma bomba. Em caso positivo, faz a desativação.
Pelas câmeras fixadas, os policiais conseguem ver toda a operação em imagens enviadas para um computador.
Ele ainda tem capacidade de subir e descer escadas e se deslocar em diversos tipos de solo.
O corpo de Francisco só foi retirado da praça dos Três Poderes às 9h05 da quinta-feira (14), mais de 13 horas após ele ter atirado artefatos em direção ao prédio do STF (Supremo Tribunal Federal) e, depois, ter detonado um explosivo em si.
A Polícia Militar do Distrito Federal desativou ao menos oito explosivos encontrados na região da praça dos Três Poderes durante a madrugada e manhã de quinta-feira (14). Outros três foram desativados com uma detonação controlada.
As investigações agora estão a cargo da Polícia Federal.
Francisco usava roupas com possível alusão ao personagem Coringa, vilão de histórias de quadrinhos. Ele vestia uma calça e um terno de mesma estampa com os naipes de cartas de baralho, com o fundo de cor verde-escuro e, ao lado do corpo, foi encontrado um chapéu branco.