Justiça do país mandou deter 61 brasileiros envolvidos em atos extremistas; deputado afirma que ordens partiram de “juiz vinculado à esquerda radical” do país
O deputado federal e secretário de Relações Institucionais e Internacionais do PL (Partido Liberal), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), disse ter recebido com “pesar” a notícia de que a Justiça da Argentina emitiu mandados de prisão contra brasileiros que foram condenados pela participação nos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023 e são considerados foragidos. As ordens já resultaram na prisão de 2 brasileiros.
Em nota publicada no X (ex-Twitter) no sábado (16.nov.2024), Eduardo afirmou que as prisões são “ilegais” e disse que foram determinadas “por um juiz vinculado a esquerda radical” argentina. “ Porém, ao menos, lá, o estado totalitário não está tão avançando como no Brasil, e ainda há ferramentas institucionais para impedir esse tipo de abuso de autoridade”, escreveu.
O juiz Daniel Rafecas, da 3ª Vara Federal da Argentina, foi responsável pelas ordens. Os mandados foram emitidos depois do pedido de extradição feito pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em 15 de outubro. Os foragidos enfrentam diversas penas pelo envolvimento nos atos do 8 de Janeiro.
“Foi com muito pesar que tomei ciência sobre a prisão dos exilados políticos na Argentina. Infelizmente, eles foram presos mesmo possuindo pedido de asilo político, que concede proteção legal contra qualquer tentativa de extradição por parte do Estado Brasileiro”, escreveu Eduardo.
O deputado afirmou estar “confiante” de que as leis da Argentina “serão respeitadas” durante o governo de Javier Milei (La Libertad Avanza, direita), quem disse admirar. Eduardo declarou contar com o chanceler argentino, Gerardo Werthein, para resolver a questão.
“Acredito, piamente, que estes brasileiros não terão seus direitos violados na Argentina. Não veremos idosos, mães de família, portadores de necessidade especiais e todo tipo de pessoa comum– loucamente acusados de tentativa de golpe de Estado, pela tirania que impera no Brasil– serem deportados pelo governo argentino”, lê-se na nota.
“Essas pessoas não serão, mais uma vez, as vítimas da virulência cruel dos psicopatas que agora ocupam o poder no Brasil. Será mais uma derrota internacional vexaminosa da tirania brasileira, que não obteve sucesso ao tentar extraditar, por exemplo, jornalistas brasileiros que vivem nos EUA, sob às mesmas condições de asilo destes 61 brasileiros que, agora, vivem na Argentina”, diz o texto.
“Assim como a Interpol tem se recusado a inserir o nome desses perseguidos políticos na lista de procurados internacionais (difusão vermelha), as autoridades do governo argentino não irão deixar que os delírios autoritários brasileiros encontrem solo fértil em seu país”, completa.
Eis a íntegra da nota de Eduardo Bolsonaro: