Em uma delação premiada à Corregedoria da Polícia, Vinicius Gritzbach revelou a distribuição de R$ 40 milhões em propinas a autoridades policiais
A execução de Vinicius Gritzbach no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no último dia 8 de novembro, continua a reverberar com desdobramentos significativos no cenário policial. Até o momento, 13 policiais, incluindo oito militares e cinco civis, foram indiciados e estão sob investigação. Em uma delação premiada à Corregedoria da Polícia, Gritzbach revelou desvios de R$ 100 milhões e a distribuição de R$ 40 milhões em propinas a autoridades policiais. A delação também implicou delegados e membros da alta cúpula da Polícia Civil de São Paulo, o que pode ter consequências políticas de grande alcance.
O depoimento de Daniel Lima, segurança e motorista de Gritzbach, trouxe à tona detalhes intrigantes, como a dívida de cerca de R$ 6 milhões que um homem tinha com o empresário, parte da qual seria paga em joias em São Miguel dos Milagres (AL). Imagens de câmeras de segurança, que supostamente capturam os assassinos sem qualquer disfarce, estão sob análise, mas ainda não foram divulgadas ao público. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo permanece em silêncio sobre o reconhecimento dos suspeitos, enquanto a investigação avança em várias direções, incluindo a possível participação do PCC (Primeiro Comando da Capital).
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O caso também provocou discussões políticas acaloradas. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), sugeriu a federalização da investigação, uma proposta que foi interpretada como uma crítica à administração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Essa ação é vista por alguns como uma medida necessária, dado o envolvimento de policiais civis no caso. No entanto, há vozes que criticam a possível politização do tema, argumentando que o foco principal deve ser a resolução e a captura dos responsáveis.
*Com informações de Camila Yunes