Pedido foi feito pela ex-mulher, a influenciadora Cíntia Chagas, que o acusa de violência doméstica e psicológica
A Justiça de São Paulo negou na 5ª feira (31.out.2024) o pedido de prisão preventiva contra o deputado estadual de São Paulo Lucas Bove (PL). Ele é acusado de violência doméstica e psicológica pela ex-mulher, a influenciadora Cíntia Chagas. As informações são do g1.
O pedido foi feito em 17 de outubro. À época, a advogada de Chagas, Gabriela Manssur, especialista em direito das mulheres, falou em descumprimento de medida protetiva. Disse que Bove estava, desde 10 de outubro, burlando a decisão de não mencionar fatos do processo, não dar entrevistas e de não falar sobre a vida pregressa do casal direta ou indiretamente.
Ao negar a solicitação da defesa de Chagas, a juíza Danielle Galhano Pereira da Silva advertiu Bove citando o desrespeito de medidas cautelares por publicações nas redes e declaração na tribunal da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). A magistrada afirmou que a prisão pode ser decretada caso o político volte a descumpriu as determinações.
A magistrada ainda negou o pedido de Bove para revogar as medidas protetivas, argumentando que a integridade de Chagas deve ser preservada.
As acusações de violência doméstica ganharam força depois do vazamento de mensagens entre Chagas e o ex-marido. Nelas, ela mostra imagens das pernas com o que parecem ser hematomas e manchas roxas. Nas mensagens, ela pede que Bove pare de apertá-la.
Cíntia e Lucas Bove se casaram em maio de 2024 em cerimônia realizada na Itália. Poucos meses depois, em agosto, ela anunciou o fim do relacionamento, afirmando que os 2 tinham percebido “divergências” em relação a “objetivos de vida” de cada um.
A influenciadora prestou depoimento à Polícia Civil no início de setembro, quando relatou episódios de agressão que se passaram desde o início do relacionamento, que durou mais de 2 anos.
Além disso, Cíntia também disse que Bove teria arremessado uma faca contra a sua perna. O objeto teria caído no chão antes de acertá-la.
Depois das acusações, a Justiça de São Paulo concedeu medida protetiva para Cíntia, proibindo o ex-marido de se aproximar da influenciadora e de sua família, de se comunicar ou de frequentar os mesmos lugares que a ex-mulher, sob pena de prisão preventiva.
Na época em que o pedido de prisão preventiva foi feito, a defesa de Lucas Bove disse que o deputado estadual não havia infringido qualquer medida protetiva.
“Enquanto figura pública, exclusivamente, exerceu sua liberdade de expressão, mencionando que a verdade aparecerá e que seguirá respeitando a decisão judicial, e, portanto, não se manifestaria detalhadamente sobre os fatos”, declararam os advogados.
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