A corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo deve aprovar em reunião nesta quinta-feira (31) a chamada admissibilidade do processo contra o vereador Toninho Vespoli (PSOL). O relator do caso é Marlon Luz (MDB), que elaborou um parecer contra o psolista que, ao final, pode resultar na cassação do mandato.
Vespoli é julgado por possíveis atos de propaganda eleitoral antecipada e improbidade administrativa. Como revelou o Painel, ele produziu uma revista com recursos de seu gabinete que inclui uma entrevista com o então candidato a prefeito de seu partido, Guilherme Boulos (PSOL). Vespoli foi um dos coordenadores políticos da campanha do deputado federal.
A corregedoria é composta majoritariamente por aliados do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Com a provável aprovação da admissibilidade nesta quinta, o processo passará ao plenário da Casa.
Caso a maioria dos 55 vereadores avalize a admissibilidade, o processo voltará à corregedoria, na qual um novo relator será escolhido para fazer um parecer final sobre a punição ao vereador, que então precisará ser aprovado novamente na corregedoria e no plenário.
Entre as lideranças da Casa, segundo apurou a coluna, hoje são consideradas altas as chances de que o processo avance rapidamente ainda neste ano e que Vespoli seja punido no mínimo com a suspensão de seu mandato por meses.
Sobre a revista, Vespoli disse que não há irregularidade sobre o conteúdo publicado ou falta de transparência em relação aos recursos utilizados.
Ele ainda afirmou que existe “tentativa de censura” a PSOL, Boulos e ele por parte da gestão Nunes, “em razão das inúmeras ações no Tribunal de Contas do Município e no Ministério Público” protocoladas pelo mandato.
Em setembro, Celso Giannazi, líder do PSOL na Casa, disse à coluna que “há interesse político por trás” da tramitação dos processos de cassação contra representantes do partido.
“É pura retaliação à atuação do PSOL na Câmara Municipal. Nós não aceitaremos calados isso. Vamos cobrar equidade, vamos cobrar isonomia no tratamento dos mandatos parlamentares. Se preciso for, para garantir que haja um processo democrático na Câmara Municipal, nós vamos ao Judiciário para barrar esse absurdo”, disse.
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