O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou, nesta quarta-feira (23), que o inquérito das fake news, aberto por ordem de Dias Toffoli, foi “decisivo para preservar a democracia” no Brasil.
“Não só a sua decisão de instaurar o inquérito, mas também a designação do ministro Alexandre como seu relator, foi decisiva para que a democracia fosse preservada no Brasil”, disse Mendes ao parabenizar o colega por ter completado 15 anos de atuação no STF.
Em março de 2019, Toffoli, então presidente da Corte, instaurou o inquérito para apurar a disseminação de notícias falsas contra integrantes do STF. A investigação sigilosa foi aberta de ofício, sem a provocação do Ministério Público.
O ministro Alexandre de Moraes foi designado como relator do caso e, posteriormente, de outros processos vinculados, como o das milícias digitais, dos atos antidemocráticos e do 8 de janeiro.
“Esses dois fatos só já seriam suficientes para eternizar a sua passagem pelo Supremo Tribunal Federal”, disse o decano.
Mendes destacou que o inquérito das fake news “tem uma relevância histórica que talvez a vista ainda não alcançou”. Já Moraes disse, em tom de brincadeira, que ainda não perdoou Toffoli por ter o escolhido como relator.
“Apesar do que ele fez comigo, da designação do inquérito, mesmo assim eu continuei sempre gostando do ministro Dias Toffoli e um dia eu hei de perdoá-lo por isso”, afirmou. Moraes disse ainda que conhece Toffoli desde 1986, quando ingressaram juntos na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da USP.