“É o voto e nada mais”. Foi com essa frase que a deputada federal Tabata Amaral (PSB) resumiu a aliados o retorno que deu a Guilherme Boulos (PSOL) nesta terça-feira (8) a respeito de sua participação no segundo turno da eleição municipal.
O deputado telefonou para a pessebista para agradecer a declaração de voto feita pela pessebista e para sondá-la a respeito da possibilidade de que participasse de sua campanha. Tabata, por sua vez, respondeu que não integrará o projeto e que dedicará atenção a outros projetos próprios e do PSB no momento.
Como mostrou o Painel, Tabata não quer participar de eventos do psolista nem gravar vídeos para ele. Em entrevista coletiva no domingo (6), a deputada indicou o motivo.
“Eu vou votar em Guilherme Boulos. Porque eu não consigo e não conseguiria jamais colocar o meu voto em um projeto liderado por Ricardo Nunes. Mas saibam, eu e Guilherme Boulos representamos projetos absolutamente diferentes para São Paulo e para o Brasil”, afirmou.
Assim como fez durante a eleição, a deputada planeja se consolidar como alternativa progressista ao projeto político representado pelo psolista, inclusive com pleitos futuros em mente.
Tabata já disse, em 2023, que vê falta de seriedade e de maturidade em Boulos, e nos últimos debates criticou o parlamentar por mudanças de opinião em temas como Venezuela, aborto e armamento da Guarda Civil Metropolitana —o que o psolista nega.
Diante desse diagnóstico de incompatibilidade de visões, Tabata concluiu que não pode participar ativamente da campanha de Boulos, afirmam seus aliados.
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