A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou que a Meta, dona do Instagram, forneça dados de usuários da rede social que realizaram ataques contra a candidata a vereadora na capital paulista Carol Iara (PSOL).
A decisão do juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, se deu no âmbito de uma ação ingressada pela psolista. O magistrado também pediu que o Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifeste.
Procurada pela coluna, a Meta afirmou que não irá comentar.
A equipe de Iara, que é uma mulher trans, mapeou mais de cem comentários ofensivos no período eleitoral. A maioria deles é de cunho transfóbico —”depois que vocês apanham, ficam aí militando”, diz um internauta.
Ela também foi chamada de “filhote de urubu” e tratada pelo pronome masculino. A ação listou todos os perfis dos autores das ofensas e pediu os seus dados para que eles sejam responsabilizados.
Iara também registrou um boletim de ocorrência na polícia.
“Essa vitória não é só minha. É um passo muito importante para interromper a rede de ódio nas redes sociais que promove a violência política contra mulheres, principalmente trans e negras como eu”, afirma ela.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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