A candidata à reeleição pela prefeitura de Bauru, no interior de São Paulo, Suéllen Rosim (PSD), fez um boletim de ocorrência na 4ª feira (18.set.2024) após ser vítima do crime de deepfake. Eis a íntegra (PDF – 681kB). A prática, que consiste em criar uma imagem falsa com inteligência artificial, foi utilizada para reproduzir uma foto da atual prefeita nua.
Além do assédio, a deepfake é considerada um crime eleitoral pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Também estão sujeitos à punição legal aqueles que compartilharem as imagens falsas.
Em nota, Rosim afirmou que não é a primeira vez que sofre desrespeito com “montagens maliciosas”. A prefeita disse tratar-se de uma prática “criminosa e repugnante” feita por “gente de mau caráter”.
“Já fui desrespeitada outras vezes, seja com montagens maliciosas, seja com falas do tipo ‘ninfeta no prostíbulo’, ‘vassala’, ‘vagabunda’, que Bauru seria governada da senzala, entre tantas outras injúrias. Não posso admitir esse tipo de ataque, que revela o que nós, mulheres públicas, seja na política, seja em outras áreas de destaque, sofremos pelo simples fato de sermos mulheres”, declarou.
A prefeita disse que busca a justiça em todos os casos, para que os criminosos sejam punidos. Segundo ela, denunciar representa uma luta coletiva contra um crime que não tem ideologia.
“Espero, com isso, encorajar outras mulheres a não se intimidarem e a não desistirem de ocupar posições de destaque […] Que a gente possa exercer a democracia sempre com respeito e sem sacrificar valores essenciais”, afirmou.