Presidente do instituto, Roberto Ardenghy diz que desafio do setor público é estimular atividade do setor em toda sua diversidade
O presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), Roberto Ardenghy, afirmou nesta 4ª feira (22.mar.2023) que o Brasil corre o risco de sofrer um “apagão” de mão de obra especializada se não se preparar para a expansão e diversificação do setor.
“Temos hoje 48 empresas produtoras de petróleo no Brasil, desde ‘majors’ internacionais que vieram ao Brasil em parceria ou não com a Petrobras até empresas médias e independentes, especializadas em exploração ‘onshore’, na área marítima, em gás, em campos marginais [….] o desafio do poder público é dar estímulo à atividade em todos seus segmentos”, disse Ardenghy.
O executivo deu as declarações na abertura do seminário “Futuro e oportunidades do setor de óleo e gás no Brasil”, realizado pelo IBP com o apoio do Poder360, em Brasília.
Em sua fala, Ardenghy disse que o petróleo produzido pelo país é “muito descarbonizado, de alta qualidade, com baixo teor de enxofre e pequena produção de CO2”.
“No futuro, o preço do petróleo será condicionado pelo preço intrínseco, mas, também, pela quantidade de carbono [emitido] para produzi-lo”, afirmou o presidente do IBP.
Ardenghy defendeu, também, a adoção da técnica de extração de petróleo conhecida como “fracking”, por meio da qual, segundo ele, os Estados Unidos produzem 4 milhões de barris por dia.
Diante da perspectiva de declínio da produção nas bacias de Campos e de Santos, o presidente do IBP disse que a Petrobras deve conseguir em breve licenciamento ambiental para explorar seu 1º poço na região da foz do rio Amazonas, conhecida como “margem equatorial” da costa brasileira.
“Temos que tirar a riqueza do subsolo. O petróleo enterrado na terra não vale nada para a União, para os municípios e para os Estados. Só vai ter atividade econômica se fizer a retirada dessa reserva”, declarou Ardenghy.