O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, disse neste domingo (30) que nenhum voto deve ir para o partido de extrema direita Reunião Nacional (RN) durante o segundo turno das eleições parlamentares.
Os eleitores do país voltam às urnas no próximo domingo (7), após iminente vitória do partido liderado por Marine Le Pen no primeiro turno.
Os números indicam que o grupo capitaneado pelo presidente Emmanuel Macron terminou em terceiro no quadro geral, atrás também da coligação de esquerda Nova Frente Popular.
Attal já propôs que os candidatos da sua sigla de centro abram mão de sua candidatura para se aliar a nomes da esquerda, contanto que não sejam radicais.
Se isso acontecer, o centro e a esquerda podem ter a maioria dos assentos na Assembleia Nacional, mesmo com a vitória da extrema direita. Mas seria uma aliança de partidos que foram derrotados e que tradicionalmente votam em sentidos opostos, o que pode levar a um governo disfuncional.
Em declaração nesta noite, o premiê pontuou que o partido de extrema direita está “às portas do poder” e que “nunca antes” a Assembleia Nacional correu o risco de “ser dominada” pelo grupo.
“E assim, nosso objetivo é claro: impedir que o Reunião Nacional tenha maioria absoluta no segundo turno, domine a Assembleia Nacional e, portanto, governe o país com seu projeto desastroso”, disse.
“Digo isso com a força que o momento exige, a todos e cada um de nossos eleitores. Nenhum voto deve ir para o Reunião Nacional”.
Em uma declaração escrita à imprensa, Macron pediu aos eleitores que se unissem em torno de candidatos que fossem “claramente republicanos e democráticos”, o que, com base em suas declarações recentes, excluiria candidatos do RN e do partido de extrema esquerda França Insubmissa (LFI).
*Com informações da Reuters
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