A tentativa de golpe militar na Bolívia, ocorrida na quarta-feira (26), é vista pelo professor de Relações Internacionais da ESPM Roberto Uebel, como um “evento isolado” de insatisfação do general Juan José Zuniga, e não um clamor popular.
Em entrevista à CNN, Uebel analisou o ocorrido:
“A história da Bolívia diz respeito a algum efeito de um movimento da extrema dos extremistas conservadores do que está ocorrendo tanto na nossa América Latina, na Europa, ou na verdade é um movimento à parte que ali sempre foi uma coisa mais incendiada”, disse.
Instabilidade política recente
O país enfrenta instabilidade política nos últimos anos, com o golpe de 2019 que afastou o ex-presidente Evo Morales, a ruptura entre Morales e o atual presidente Luis Arce, e as denúncias de corrupção envolvendo o próprio Zuniga.
Uebel acredita que a ação de Zuniga foi “muito mais personalista”, motivada por insatisfação com o governo devido às denúncias contra ele, do que um movimento maior conectado a grupos conservadores de oposição.
“Parece algo muito mais individual e personalista”, avaliou o professor, ressaltando que a investigação pelas autoridades bolivianas nas próximas semanas poderá esclarecer melhor o cenário.
As autoridades bolivianas prenderam Zuniga após a tentativa de golpe, interpretada como um evento isolado de insatisfação individual pelo especialista ouvido.
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