Deputado chama o presidente do Senado de “bunda mole”, “covarde” e “capacho” após o Supremo liberar o porte de maconha
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) chamou nesta 3ª feira (25.jun.2024) o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) de “bunda mole”, “covarde”, “capacho” e “marionete”. A fala se da depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) ter votado pela liberação do porte pessoal de maconha e o senador ter dito que discorda da decisão.
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Gayer publicou um vídeo intitulado “Humilhação! Dias Toffoli caga na cabeça do Pacheco – Pede pra sair Pacheco”. Na gravação, disse que o Supremo está “legislando” e que a “fraqueza” de Pacheco fortalece os “atropelos” do STF.
“Rodrigo Pacheco, eu sei que você não gosta de mim e deve me achar um extremista. Irmão, você é o cara mais bunda mole, capacho, marionete, covarde, medroso e fraco que já sentou na cadeira de presidente do Senado. Nós só estamos vendo essas aberrações porque você não teve a coragem de dar um ponto final nisso”, disse.
Assista (5min14s):
DECISÃO NÃO TORNA O PORTE LEGAL
Na prática, a decisão do STF não torna o porte da droga legal, mas não será mais tratada como crime, não acarretando efeitos penais. A Corte ainda definirá os requisitos para diferenciar o uso pessoal de tráfico de drogas.
A decisão é criticada por opositores do governo e pelos principais aliados de Bolsonaro.
O QUE DISSE PACHECO
Pacheco disse discordar da decisão e esperar que não signifique um “libera geral” da droga. Afirmou ainda que o parecer do Supremo causa uma “distorção grande no ordenamento jurídico” do tema.
“Tudo isso vai ter que ser objeto de um amplo debate, de um amadurecimento, inclusive com a sociedade. Mas que isso não represente, espero, um ‘libera geral’ em relação à maconha ou a qualquer tipo de droga, porque continua a deficiência [jurídica]“, disse Pacheco a jornalistas.
Pacheco é o autor de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que proíbe o porte e a posse de todas as drogas, incluindo a maconha. O texto foi aprovado pelo Senado e pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados.
Assista (2min41s):