O ministro Carlos Fávaro chegou ao gigante asiático, à frente de uma centena de representantes desse poderoso setor da economia brasileira
O presidente Lula será recebido em Pequim na próxima terça (28) pelo seu homólogo chinês, Xi Jinping, mas seu ministro da Agricultura já está na China para discutir novas oportunidades de negócios com o maior cliente da agroindústria brasileira.
O ministro Carlos Fávaro (PSD) chegou quarta-feira (22) ao gigante asiático, à frente de uma centena de representantes desse poderoso setor da economia brasileira.
A China “é o destino número um das exportações do agronegócio brasileiro” e absorveu 31,9% das exportações do setor no ano passado, segundo dados do Ministério da Agricultura.
O país asiático é o principal comprador de seis dos dez produtos agrícolas mais exportados pelo Brasil, entre eles soja, carne bovina e de aves.
No ano passado, o Brasil exportou 78,7 milhões de toneladas de soja, sendo 53,6 milhões para a China, detalharam à AFP fontes da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
A organização negocia com os chineses um acordo relativo à venda de soja extrusada, que permitirá ao Brasil “exportar um produto com maior valor agregado para a China”, indicou a Abiove.
Para isso, os dois países ainda precisam assinar um protocolo sanitário e fitossanitário.
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“Vamos demonstrar que o Brasil é um fornecedor confiável de soja e seus (produtos) derivados”, acrescentou a associação, que prevê para 2023 exportações de até 92,3 milhões de toneladas a diferentes mercados, sem detalhar a quantidade destinada à China.
O país também exportou 2,3 milhões de toneladas de carne bovina em 2022 – quase a metade para a China – por 8 bilhões de dólares.
As vendas de carne para o país asiático estavam suspensas desde o final de fevereiro por um caso atípico de vaca louca em uma fazenda no Pará, porém o embargo foi suspenso na quinta-feira (23), anunciou o ministro Carlos Fávaro.
No ano passado, o Brasil exportou mais de 4,8 milhões de toneladas de carne de frango, incluindo 540.500 toneladas para a China, principal destino do produto.
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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), também representada na delegação que viajou para a Ásia, apontou à AFP que quer “aumentar” o número de plantas processadoras de carne e armazéns para abastecer a segunda maior economia do mundo.
© Agence France-Presse