O município de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, decidiu manter suspensas as aulas no Complexo do Salgueiro, após a operação que deixou 13 pessoas mortas e 3 feridas, na última quinta-feira (23).
De acordo com a Secretaria de Educação de São Gonçalo, a medida afeta cerca de 1200 alunos de 8 escolas.
Entre os mortos, está Leonardo Costa Araújo, de 37 anos, conhecido como Leo 41, que chefiava o tráfico de drogas no estado do Pará. Segundo os policiais, ele comandou a morte de 40 agentes de segurança no Norte do país e tentava expandir suas atividades para o Rio de Janeiro, em parceria com a maior facção criminosa do Estado.
A ação, realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, contou com o apoio das Polícias do Pará e do Sergipe, além da PM.
Durante a operação, três pessoas foram baleadas, entre elas duas moradoras da comunidade, que foram socorridas para o Hospital Estadual Alberto Torres e não correm risco de morte.
Segundo a Polícia Civil, foram apreendidas drogas, munições e armas, sendo 13 fuzis.
Em suas redes sociais, o governador Cláudio Castro (PL) comentou a ação policial: “Dois bandidos que chefiavam facções criminosas em Sergipe e no Pará foram capturados hoje pelas nossas forças estaduais de segurança. Graças a um trabalho integrado e de inteligência das polícias Civil e Militar, os criminosos foram localizados na Maré e em São Gonçalo”.
Operação está entre as dez mais letais do Rio de Janeiro
De acordo com o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (GENI/UFF), a operação que resultou em 13 mortes, no Complexo do Salgueiro, está entre as dez mais letais do Rio de Janeiro desde 1994.
Segundo o levantamento, a ação é a que tem o maior número de mortes em 2023.
No topo da lista de operações mais letais no Rio de Janeiro está a ação no Jacarezinho, na Zona Norte da capital, quando 28 pessoas foram mortas em maio de 2021.
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