“É visível que é uma armação do Moro”, foi o que disse o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre o plano da facção criminosa PCC para sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
Petistas e aliados haviam passado 24 horas vangloriando-se do trabalho da Polícia Federal, antes de Lula trazer à tona esse negacionismo sobre os fatos investigados.
Restaram agora duas narrativas contraditórias, ambas mentirosas. A PF é um órgão de estado, não do governo. E ela provou que a armação era de criminosos do PCC, como mostra o processo ao qual a CNN teve acesso: “As provas colhidas indicam que atos criminosos estão efetivamente em andamento na cidade de Curitiba há pelo menos seis meses, contando com a presença física dos investigados, compra de veículos, aluguel de imóveis e monitoramento de endereços e atividades do senador Sergio Moro”.
Além do cativeiro, as provas incluem prints de trocas de mensagens entre os criminosos e anotações sobre os gastos com os preparativos para o sequestro de Moro, ou o “Flamengo de Tokio”. Isso porque uma das imagens mostra a lista de códigos dos bandidos, na qual Flamengo significava sequestro e Tokio era Moro.
A trama começou a ser descortinada quando um ex-membro do próprio PCC, jurado de morte por outro integrante, virou testemunha protegida, forneceu dados e disse que seu potencial executor também estava encarregado do plano contra o atual senador.
Como poderia Moro ter armado tudo isso, em cumplicidade com numerosos agentes e criminosos, senão na fantasia de uma mente acometida por um revanchismo incurável e que não respeita nem sequer a dor de uma família ameaçada por uma facção armada, com histórico de assassinatos de agentes públicos?
Se havia alguma dúvida de que perdurava no presente o confessado desejo de f… com o ex-juiz para se vingar, ela não existe mais. Era essa a aula de civilidade e democracia de que falava Gleisi Hoffmann, presidente do PT?
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