As Forças Armadas chinesas afirmaram que detectaram nesta quinta-feira (23) a presença de um navio militar dos Estados Unidos no mar da China Meridional e que “advertiram” a embarcação a sair das águas reivindicadas por Pequim.
O Comando Sul do EPL (Exército Popular de Libertação) informou que o USS Milius, um destróier com mísseis guiados, entrou em águas próximas às ilhas Spratly, também reclamadas pelo Vietnã.
O EPL “organizou forças marítimas e aéreas para rastrear e monitorar (o navio) de acordo com a lei” e ordenou que abandonasse a área, afirmou o porta-voz Tian Junli.
O navio “fez uma incursão ilegal em águas territoriais chinesas […] sem permissão do governo chinês, afetando a paz e a estabilidade na região”, acrescentou.
As Forças Armadas dos Estados Unidos responderam que a afirmação do comunicado do EPL “é falsa” e que seu navio “estava realizando operações de rotina no mar da China Meridional e não foi expulso”, afirmou um porta-voz.
A China reclama a soberania de quase todo o mar da China Meridional, por cujas rotas de navegação passam trilhões de dólares em comércio a cada ano, apesar de um tribunal internacional ter decidido que a reivindicação de Pequim não tem legitimidade legal.
Filipinas, Vietnã, Malásia e Brunei também reivindicam a soberania de partes do mar. Washington envia navios à região com frequência para garantir a liberdade de navegação em águas internacionais.
Pequim criou ilhas artificiais no Mar da China Meridional como parte de seu esforço para sustentar a reivindicação territorial. Algumas ilhas têm instalações militares e pistas de pouso.
Países da região denunciaram que navios chineses assediam barcos de pesca supostamente estrangeiros.
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