A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o governo não se surpreendeu com a manutenção, pelo Banco Central, da taxa básica de juros, mas avaliou como “apertado” o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom).
“Não houve surpresa na manutenção da taxa. Já esperávamos, mas não era o que queríamos. Então vamos aguardar a ata, porque também como foi da última vez, a meu ver, saiu muito mais apertado que prevíamos” disse a ministra durante evento em Brasília.
Na quarta-feira (22), o Copom decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano. A decisão foi unânime. A ata da reunião será divulgada na próxima semana e deve trazer mais detalhes sobre a decisão.
“Vamos aguardar a ata, e que essa ata venha de forma imparcial e justa com o Brasil, trazendo obviamente os fatores externos que levaram o Banco Central a manter a taxa de 13,75%, mas também reconhecendo os fatos” afirmou Tebet.
A ministra do Planejamento também reforçou a expectativa pela próxima reunião do Copom, que acontece em maio, quando o comitê volta a avaliar o cenário econômico para definir a taxa de juros.
“Até maio, apresentando o novo arcabouço fiscal e evoluindo no processo legislativos sobre a reforma tributária, temos condições de apontar que o ambiente interno do Brasil está melhorando e temos condições de baixar os juros”, diz Tebet.
Nova regra fiscal
Na esteira da redução de juros, Tebet evitou abordar iniciativas do governo federal de cortar gastos.
“Este é um momento que o Brasil não cresce. Temos 33 milhões de pessoas passando fome e uma taxa de desemprego que varia entre 8% e 9%. Não é hora de falar de corte de gastos. É hora de falar de qualidade de gastos”, afirmou.
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