Aconteceu com a taxa de juros por aqui o pior possível, ela continua no patamar mais alto dos últimos seis anos. E juros reais nessas alturas são, é inegável, asfixiantes.
Porém, o “pior possível” não são as taxas de juros em si. Mas, sim, a queda de braço política em torno delas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deflagrou uma brutal campanha contra o Banco Central, seu presidente e as taxas de juros. Para os juros continuarem iguais.
Derrota do presidente da república? Ou um pretexto para atribuir a um fator isolado – juros altíssimos – as dificuldades para fazer a economia andar?
Ao justificar a manutenção das taxas lá em cima, o Comitê de Política Monetária aponta o dedo para a política fiscal do governo. Ou falta de, que é o que está nas entrelinhas do comunicado.
O pretexto para essa afirmação do Copom foi dado pelo próprio governo, ao criar – e frustrar – expectativa de apresentação de um plano de equilíbrio das contas públicas ainda antes da decisão de agora pouco sobre os juros.
O pior possível é também o fato de que a tal harmonização de políticas fiscal e monetária ficou pelo caminho. Harmonização impedida pelas brigas internas do PT, que se reflete também na briga do governo com o Banco Central.
O que sobra disso são… juros altos. E uma atmosfera política envenenada.
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