A Federação Francesa de Futebol (FFF) anunciou nesta quinta-feira (9) que Corinne Diacre não é mais técnica da seleção feminina. A decisão ocorre após algumas das melhores jogadoras do país se recusarem a defender a equipe a quatro meses da Copa do Mundo na Austrália e Nova Zelândia.
Diacre, de 48 anos, estava no cargo desde 2017 e tinha contrato até os Jogos Olímpicos de Paris 2024, mas estava sob pressão depois da saída da capitã Wendie Renard e de outras estrelas da seleção, Marie-Antoinette Katoto e Kadidiatou Diani, que questionavam seus métodos, ainda que sem mencioná-la diretamente.
Reunidos nesta quinta-feira em Paris com o presidente interino da FFF, Philippe Diallo, os membros do comitê executivo da federação decidiram demitir a treinadora, dando fim às críticas e às polêmicas desde que assumiu a equipe devido a métodos vistos como autoritários.
“Foi constatada uma fratura muito importante com jogadoras fundamentais e esclarecida uma lacuna com as exigências do mais alto nível. Parece que as disfunções constatadas, neste contexto, são irreversíveis”, argumentou a FFF sobre a decisão de dispensar Diacre.
Ela deixa o comando da seleção sem ter levantado títulos, com o quarto lugar na Copa do Mundo de 2019, disputada na França, e na Eurocopa de 2022 como seus resultados mais relevantes, apesar da qualidade de seu elenco e dos resultados os clubes franceses na Liga dos Campeões.