Um adolescente de 13 anos entrou na manhã desta segunda-feira (27) na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo, e deixou quatro professoras e dois alunos com ferimentos de faca. A única vítima que foi morta, a professora Elizabeth, tinha 71 anos e, segundo alunos que presenciaram o momento, ela foi o principal alvo do agressor. Há duas décadas o Brasil tem registrado ataques semelhantes; relembre alguns
Ipaussu (SP), 2022
Em 14 de dezembro, um ex-estudante de 22 anos invadiu uma escola estadual e feriu, com golpes de faca, duas professoras em Ipaussu, no interior de São Paulo. O agressor fez outro professor refém, colocou a faca em seu pescoço e resistiu à abordagem da polícia, mas acabou se entregando
Aracruz (ES), 2022
Em 25 de novembro, um adolescente de 16 anos deixou quatro pessoas mortas — três professoras e uma aluna de 12 anos — ao invadir duas escolas em Aracruz, no norte do Espírito Santo. No momento do crime, o autor usava uma suástica (símbolo nazista) em um dos braços, além de roupa tática e duas armas — uma pistola .40 e um revólver 38, pertencentes ao pai, que era policial. Ele foi apreendido e cumprirá até três anos de internação em unidade socioeducativa
Sobral (CE), 2022
Um estudante de 15 anos morreu e dois ficaram feridos depois que um adolescente, também de 15 anos, disparou contra os três colegas na Escola Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral, no dia 8 de outubro. Ele estava com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador) e foi apreendido
Morro do Chapéu (BA), 2022
No dia 27 de setembro, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, em Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, na qual estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca
Saudades (SC), 2021
O ataque em Saudades, no oeste de Santa Catarina, deixou cinco pessoas mortas na manhã de 4 de maio de 2021, quando um rapaz de 18 anos invadiu uma creche do município com um facão de 68 centímetros. Ele matou duas funcionárias da unidade e três bebês menores de 2 anos
Suzano (SP), 2019
Um ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e 11 feridos. Os autores do massacre, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e G.T.M., de 17, eram ex-alunos da instituição. Um dos atiradores acabou matando o comparsa e depois cometeu suicídio
Medianeira (PR), 2018
Um estudante do ensino médio, de 15 anos, pegou uma arma e atirou nos colegas em uma escola estadual da pacata cidade de Medianeira, a 60 quilômetros de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Ele tinha uma lista para livrar os amigos — no fim, dois acabaram baleados. O atentado aconteceu no Colégio Estadual João Manoel Mondrone. Segundo a polícia, o autor do ataque seria alvo de bullying na escola
Goiânia (GO), 2017
Um adolescente de 14 anos matou a tiros dois colegas e feriu outros quatro em uma sala de aula do Colégio Goyases, em Goiânia, em 20 de outubro de 2017. Filho de policiais militares, ele usou a arma da mãe, que havia levado à escola particular escondida na mochila. Segundo a Polícia Civil, o rapaz sofria bullying, e o crime foi premeditado
João Pessoa (PB), 2012
Dois jovens chegaram à Escola Estadual Enéas Carvalho, em Santa Rita (região metropolitana de João Pessoa), em uma moto, e invadiram o pátio. Eles usavam o uniforme da escola. Um deles atirou contra um adolescente de 15 anos. O atirador disparou outras cinco vezes e atingiu duas garotas. Uma delas, de 17 anos, foi baleada no braço direito. A outra levou um tiro no pé esquerdo. De acordo com a polícia, o motivo do crime teria sido ciúme
Realengo (RJ), 2011
Considerado à época como o maior massacre em escolas brasileiras até então, a tragédia em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, deixou 12 crianças mortas. O crime foi cometido por um ex-aluno, de 23 anos, que levou dois revólveres à Escola Municipal Tasso da Silveira e disparou contra os estudantes, todos de 13 a 15 anos. Depois de ter invadido duas salas de aula, ele foi atingido na barriga pela polícia e disparou um tiro na própria cabeça
São Caetano do Sul (SP), 2011
Um estudante de apenas 10 anos atirou na professora e se matou em seguida na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Ele usou uma arma do pai, um guarda civil municipal. De acordo com colegas e funcionários da escola ouvidos na época, o menino era muito estudioso, inteligente e calmo