O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, disse que a ação da Polícia Federal (PF) para desarticular um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para realizar ataques contra autoridades, incluindo o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR), mostra que a instituição não está mais “aparelhada”.
“Quero cumprimentar a Polícia Federal pela operação. Isso é uma demonstração que temos uma Polícia Federal republicana, não mais aparelhada, a serviço de nenhum projeto político, partido político”, afirmou Pimenta.
Em sua avaliação, a investigação foi “executada com sucesso” impedindo a possibilidade de consumação de crime contra as autoridades.
O ministro destacou que a ação da PF demonstra a importância da despolitização das instituições de Estado como forma de garantir segurança jurídica no país.
Questionado sobre a relação entre a fala de Lula sobre Moro em entrevista nesta terça-feira (21), em que revelou o desejo de se vingar de Moro na prisão, Pimenta ressaltou que “não há qualquer nexo, possibilidade de vínculo entre a manifestação de Lula e a operação realizada”.
“Muito pelo contrário, acho que a operação é uma demonstração dessa isenção”, citando a despolitização das instituições.
“A manifestação do Lula foi onde ele relatou sentimento de injustiça e indignação, absolutamente natural, compreensível de alguém que ficou 580 dias detido numa solitária e depois teve todos os seus processos anulados”, declarou. Para Pimenta, não se pode naturalizar a injustiça.
O ministro observou que a fala de Lula deve ser compreendida pelo contexto. “Querer fazer vínculo é estratégia perversa”, avaliou.
A PF deflagrou na manhã desta quarta-feira (22) uma operação batizada de “Sequaz” contra uma quadrilha ligada ao PCC que pretendia atacar servidores públicos e autoridades, planejando assassinatos e extorsão mediante sequestro em quatro Estados e no Distrito Federal.
Até o momento, nove investigados foram presos. Moro era um dos alvos da facção segundo investigadores.
*com informações do Estadão Conteúdo
*publicado por Tiago Tortella, da CNN
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