84% das empresas relataram dificuldades na contratação de profissionais qualificados em 2024, segundo dados da consultoria de recrutamento Robert Half cedidos com exclusividade para a CNN.
O mercado de trabalho qualificado vivencia uma situação próxima do pleno emprego e faz com que aqueles que sempre estão investindo no desenvolvimento profissional sejam os que se destacam, explica Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.
Ou seja, com o mercado de trabalho aquecido, quem busca oportunidades e atende às competências exigidas permanece pouco tempo desempregado ou no mesmo emprego, mostrou a pesquisa.
A taxa de desemprego recuou para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, menor patamar da série histórica, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Por isso, oferecer pacotes de remuneração e benefícios atrativos, promover oportunidades de desenvolvimento, criar ambientes psicologicamente seguros, além de adotar um olhar atento para as demandas por flexibilidade, são práticas que destacam as companhias na competição por talentos”, diz Mantovani.
E o cenário para os próximos meses ainda se mostra competitivo.
Para 67% daqueles que realizam contratações, esse quadro de dificuldade não irá mudar nos seis meses seguintes, enquanto 28,5% preveem que se tornará ainda mais desafiador.
A imprevisibilidade econômica é a maior preocupação para 2025 entre os recrutadores, seguida da dificuldade para preencher as posições em aberto e o receio de perder profissionais-chave para outras empresas, mostrou a pesquisa.
Ainda, salários estagnados e resultados aquém do esperado se somam aos empecilhos que devem ser enfrentados.
Contudo, mesmo que a confiança no mercado de trabalho continue em um patamar pessimista, de acordo com o levantamento da Robert Half, houve um avanço no índice.
O indicador, que varia de 0 a 100 pontos, aumentou dos 38 pontos registrados em setembro para 39,9 pontos em dezembro.
A confiança é menor na parcela desempregada da população. Somente 34% deles acreditam que a probabilidade de conseguir um novo emprego será maior.
Número de jovens “nem-nem” é o menor desde 2012, segundo IBGE