Pesquisa do BC mostra que sistema reduziu uso de cédulas no Brasil; dinheiro ainda se mantém como método de pagamento mais utilizado
Um estudo do BC (Banco Central) mostrou nesta 6ª feira (29.nov.2024) que o Pix reduziu o uso do dinheiro em espécie, que ainda se mantém como a modalidade de pagamento mais utilizada no Brasil. Eis a íntegra do levantamento (PDF – 3 MB).
A pesquisa foi feita com base em dados qualitativos e quantitativos. O BC fez um comparativo de 2 períodos diferentes. O mesmo levantamento foi feito em 2019. O Pix foi lançado em 2020.
Segundo o levantamento, apesar do dinheiro ainda ser o meio de pagamento mais utilizado, 41,5% dos brasileiros tem o Pix como método “preferido” e 75% o incluem no top 3.
Além disso, os números indicam que 24,9% dos pagamentos foram feitos via Pix, enquanto o uso de dinheiro em espécie para essa função caiu de 76,6% em 2019 para 40,5% em 2023.
A pesquisa também mostra que o número de brasileiros com contas em banco cresceu 10 p.p. de 2019 a 2023, de 77,3% para 87,6%. Dentre os que não tem contas em instituições financeiras, estão os brasileiros com mais de 45 anos e renda até R$ 2.640.
No mesmo período, o recebimento da renda em dinheiro caiu 22,8 pontos percentuais. Era de 56,8% em 2019. Foi de 34,0% em 2023. Na contramão, o recebimento em conta aumentou 23,9 p.p, de 40,2% para 64,1% no mesmo período.
METODOLOGIA
A pesquisa avalia como a população brasileira e os estabelecimentos comerciais utilizam os meios de pagamento. É a 2ª edição da série “O brasileiro e os hábitos de uso de meios de pagamento”, iniciada em 2019.
O levantamento foi feito em 1.500 domicílios. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,53%. A coleta foi feita de 6 a 10 de outubro de 2023. Somente pessoas acima de 18 anos participaram.
O BC também registrou os pagamentos realizados pelos participantes da pesquisa de 7 de outubro a 7 de novembro de 2023. Foram registrados 11.023 pagamentos.
Além disso, foram realizadas 600 entrevistas presenciais com o comércio, sendo 95% o nível de confiança. A margem de erro é de 4%. A coleta foi de 6 de outubro a 30 de novembro de 2023.