O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) indicou Guilherme Derrite para o cargo de conselheiro fiscal da Cetesb, companhia ambiental do estado, em setembro do ano passado.
Desde que ocupa a função, ele passou a receber uma remuneração extra (chamada de jetom) de R$ 6.580 por mês —como secretário de Segurança Pública, seu salário é de R$ 31.115, e como capitão da reserva, recebe R$ 9.663.
A Cetesb é definida pela gestão estadual como responsável pelo desenvolvimento de ações de controle, licenciamento, fiscalização e monitoramento das atividades potencialmente poluidoras.
O regimento diz que o conselho fiscal deve fiscalizar os atos dos administradores da Cetesb, opinar sobre o relatório anual da companhia, apreciar as propostas relativas à modificação do capital social, emissão de debêntures, planos de investimento e distribuição de dividendos, entre outras atribuições.
Reportagem da Folha mostrou que engordar os salários dos secretários por meio de participação em conselhos de empresas estatais tem sido prática corrente na gestão Tarcísio.
Em nota, o governo de São Paulo afirma que a indicação “atende às exigências e critérios estabelecidos pela legislação sobre a nomeação de representantes dos governos para conselhos de empresas de economia mista.” Não respondeu, no entanto, quais são as qualificações de Derrite para ocupar o cargo em uma companhia ambiental e o que foi levado em consideração na escolha.
Derrite é oficial da reserva da Polícia Militar de São Paulo, foi tenente da Rota e tem formação em direito. Ele foi eleito deputado federal em 2018 e 2022, e licenciou-se do mandato em janeiro de 2023 para assumir a pasta da Segurança no governo paulista.
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