Em uma participação no programa WW especial de domingo (05), Christopher Garman, diretor-executivo para as Américas da Eurásia, analisou a política econômica do governo Lula.
Garman afirmou que não acredita em um descolamento entre a economia e a política no Brasil.
Ele destacou que o presidente Lula manteve uma taxa de aprovação de quase 50% devido ao bom desempenho econômico no início de seu mandato, com aumento da renda real e queda nos preços dos alimentos.
Desafios do governo Lula
No entanto, o especialista apontou que o maior risco para o governo é não entrar em pânico diante das dificuldades que se aproximam, o que poderia comprometer as condições para um crescimento econômico robusto.
Garman explicou que, se a aprovação do presidente cair ainda mais, ele pode tentar impulsionar o crescimento econômico por meio de medidas fiscais de aumento de gastos, o que poderia minar a confiança dos investidores na sustentabilidade fiscal do país.
“Esse é o maior risco para o presidente Lula se reeleger. Menos, eu diria, as brigas dentro do Congresso, porque se a aprovação cai e o crescimento não vem, aí tudo piora”, afirmou Garman.
O especialista também analisou as perspectivas para as eleições municipais em São Paulo, prevendo que o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), está bem posicionado para se reeleger por fatores locais, e não nacionais.
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