Essa situação é resultado do uso contínuo de combustíveis fósseis, que tem contribuído para a elevação das temperaturas globais
O ano de 2024 se destaca como o mais quente em milênios, com temperaturas médias diárias alcançando 15,12°C, superando o recorde anterior de 2023. A concentração de dióxido de carbono na atmosfera também atingiu níveis alarmantes, com 422 partes por milhão, um aumento de mais de 50% em relação a 1750. Essa situação é resultado do uso contínuo de combustíveis fósseis, que tem contribuído para a elevação das temperaturas globais. António Guterres, secretário-geral da ONU, alertou que 2024 marca o fim de uma “década de calor mortal”, ressaltando que os dez anos mais quentes já registrados ocorreram na última década. O aumento das temperaturas está diretamente ligado a um aumento significativo de desastres climáticos, como incêndios florestais, inundações e ciclones tropicais, que se tornaram mais frequentes e intensos.
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Um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) revelou que a crise climática intensificou 26 dos 29 eventos climáticos extremos analisados. Em 2024, aproximadamente 3,7 mil pessoas perderam a vida e milhões foram forçadas a deixar suas casas devido a esses desastres. A OMM enfatizou a urgência de uma colaboração internacional para enfrentar os desafios impostos pela mudança climática. Apesar da crescente conscientização sobre a crise climática, o avanço do populismo de direita tem promovido um discurso negacionista que pode dificultar a implementação de políticas ambientais eficazes. A possível volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2025 e a nova Comissão Europeia, que se inclina mais à direita, podem ter um impacto negativo nas iniciativas globais de proteção ambiental.
Embora a transição para fontes de energia renováveis esteja em andamento, o progresso ainda é considerado lento. Países ocidentais estão substituindo carvão e gás por energia solar e eólica, mas a demanda por carvão continua a crescer em economias em desenvolvimento. Essa situação ressalta a necessidade urgente de ações mais eficazes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. A próxima cúpula climática, marcada para novembro de 2025 no Brasil, será um momento crucial para que os países apresentem novos planos de redução de emissões até 2035. Essa reunião será fundamental para enfrentar o aumento das temperaturas e evitar um aquecimento global catastrófico, que pode ter consequências devastadoras para o planeta e suas populações.
publicado por Patrícia Costa
*Reportagem produzida com auxílio de IA